sábado, 12 de junho de 2010

Diário de uma Forasteira


Esse post começa com a criação desse Blog e a entrada no universo da Blogolândia. Através dele conheci várias pessoas. Aqui se compartilha idéias, sonhos, angústias, fatos, fotos, gostos e bobeiras. Lógico que muitos que passam por aqui estão ligados de alguma forma a cães, com o agility. E o fato é que esses são os pontos fortes do Blog.


Foi por causa desse blog também que conheci outros blogs. E assim vai: blogs novos trazem pessoas novas.

Os blogs dos outros também nos mostram idéias, sonhos, angústias...

Conheci o blog da Dani de Santa Catarina e quando via os vídeos de treino dela, ficava pensando: "Caramba, tem que ter muita força de vontade pra treinar sozinha".



Quando comecei o Blog, morava em São Paulo. Treinava o Elvis e o Tobby no CTA, 3 vezes por semana. Não faltava em nenhuma competição. Nas provas, a barraca era o quartel general, porém sempre fui de circular bastante, conversar com as pessoas das outras escolas.

Aí vim para São Leo e juntamente com a mudança do espaço físico, veio a mudança do olhar. Do olhar do e sobre o que envolve o agility. Mudança na condução, na relação com os dogs. Passei a ver o agility pelo prisma de quem ama esse esporte mas está longe do point. O fato é esse: SP é o coração do Agility e quanto mais se afasta "menos importância tem", passa-se a ser apenas uma pequena artéria que não é vital ao bom funcionamento do coração. Se essa artéria falhar, os danos nem sempre serão percebidos. SP não tem culpa disso. Quem quiser que o esporte cresça tem que fazer algo por isso.

E esse sentimento fez com que eu acabasse olhando de uma outra forma para os forasteiros como eu sou agora.



Durante uma conversa rápida com a Maria na prova de Itú, enquanto falávamos da vitória da Vanessa, ela me disse uma frase que não me lembro exatamente das palavras, mas foi algo no sentido de "depois que você foi para longe começou a olhar para os de fora."

Só estando na tempestade é que a gente consegue lutar contra ela. Não dá pra querer dar a importância ou se exigir uma atitude que alguém que não está nessa luta.

A maioria dos praticantes de agility de Sampa não faz idéia da luta que é fazer agility fora. Da luta que é ir competir. Da luta que é querer treinar. E assim, os forasteiros de unem por compaixão de partilharem dificuldades semelhantes.

A vida não é fácil. Se fosse, qual seria a graça?



Clicks meu e do Fabi

8 comentários:

  1. Valeu pela lembrança do blog, apesar dele estar meio de lado agora, meu ócio criativo resolveu dar uma estacionada boa por aqui hehehehe
    Já conversei algumas vezes com o Aurélio sobre a ocorrência do inverso, das pessoas saírem de SP para uma prova fora, acredito que não seriam muitas que teriam tanta força de vontade para sair da comodidade que é a de estar no centro que é SP, você vivia isso e deve ter sentido isso no começo da sua mudança. É complicado mas nós como partes da artéria que "nutre" o agility, não podemos deixar nem o coração, muito menos a circulação parar. :D

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  2. Mto bacana o post Vivian!! É realmente mais complicado pra quem não é de SP praticar agility, mas continua sendo divertido. Como você disse, muitas vezes a gente acaba tendo uma visão diferente da coisa :)

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  3. Se analisar apenas o deslocamento e a falta de escolas nos três estados do sul realmente é mais difícil de treinar. Estabelecidas, fisicamente falando, só existe uma escola que é a Universicão/Agility Curitiba. No Rio apesar de várias escolas pra mim parece que falta um pouco de qualidade pra elas.

    Ao mesmo tempo cabe a quem está fora de Sampa tentar fazer do agility em seus estados algo mais forte, tentar levar mais títulos pra casa, aumentar o número de praticantes e ai sim quem sabe tentar ser mais forte pra movimentar o centro do esporte.

    No Brasil apenas três estados tem campeonatos oficiais, por exemplo.

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  4. é viv, só sendo "forasteiro" para nos entender mesmo... a Maria usa "os isentos" para nos definir, acho engraçado isso, palavra esquisita mas que coloca todos nós como um só grupo. é bacana.
    eu gosto dessa nossa luta, acho que faz parte do "nosso agility", é um agility diferente para quem é de SP. Enfim, os forasteiros, isentos, tem algo em comum e acho que esse campeonato brasileiro nos uniu mais.

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  5. Dani, me lembro da época em que haviam provas no Rio de Janeiro. Muita gente ia, sempre era divertido. Lógico que muitos também ficavam de fora, mas o miolo sempre estava lá. E acabávamos sempre juntos, como uma única escola.

    Luíza, acho que a gente que está de fora veste muito mais a camisa do agility que o povo de SP. E aí está a graça :-)

    Faa, realmente, só cabe a nós mesmos fazer que o agility se desenvolva. Se não for pela gente, ninguém o fará. O importante é tornar o agility conhecido aqui.

    Fê, e olha que de isentos só temos as inscrições que é a parte mais barata da história. Mas é isso mesmo, os "de fora" formam uma outra equipe. Existe solidariedade entre nós pois vivemos dificuldades semelhantes.

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  6. é complicada a vida de quem tem que ter força de vontade de treinar só, ontem mesmo treinei só, eu e 3 cães dos 7 que tenho, tenho um bom local de treino aqui em recife, mas mesmo assim estavamos apenas eu e meus caes, no agility, se já tem que ter força de vontade, imagine por aqui tão longe, que chega fica dificil sonhar em dar uma passadinha em são paulo. pra completar o detalhe da dificuldade, tenho que carregar e montar uma pista completa do local onde os obstaculos ficam guardados, até a pista (80 metros+-), e ao fim, guardar tudo novamente, só pra dificultar mais um pouco o processo, quem disse que a vida é facil né ? mas eu ainda apareço por lá com meus filhotes, haehaehae

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  7. Não é fácil mesmo Neto! Aqui temos até o problema de não termos obstáculos para treinar! Se tivéssemos, montaria e desmontaria com prazer rss. O negócio é improvisar e treinar quando estamos em Sampa.

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